domingo, 16 de janeiro de 2011

Wander Wildner é atração de encerramento do FestMalta 2011

Wander é do tipo que se expõe em tudo o que faz, que se define em cada verso. Ou, para facilitar ainda mais as coisas, em cada título. Pode-se dizer que ele é um garoto solitário, meio-hippie-meio-punk-meio-rajneesh, cuja vida oscila entre anjos & demônios, mas que ainda acredita em milagres. É do tipo que segue no ritmo da vida, e nada pode descrever com tanta exatidão este roqueiro que gosta de transformar os conflitos em canções simples, feito um legítimo punk. 

Agora ele está lançando o cd Caminando y Cantando, seu sexto álbum de estúdio. Inspirado na sua recente andança por Buenos Aires, Montevideo e Berlin, o novo disco tem característica folk, deixa claro as influencias setentistas que Wander carrega desde sua adolescência.

Caminando y Cantando enfatiza a faceta intérprete do menestrel punkbrega, foi produzido por Wander Wildner, gravado em Porto Alegre por Thomas Dreher e finalizado no Rio de Janeiro por Alvaro Alencar e Fabiano Estevão. Teve participação dos músicos Jimi Joe, Arthur de Faria, Mauricio Chaise, Marcelo Scherer, Georgia Branco e Pitchu Ferraz, que acompanham Wander nos shows. Contou também com a presença do produtor Flu, do musico uruguaio Santiago Guidotti, Desirre Marante do coletivo Os Massa, William Dalton do grupo Os Daltons, Guri Assis Brasil e Guilherme Almeida da banda Pública e Pedro Petracco do Cartolas.

O disco é um lançamento do selo Fora da Lei com distribuição nacional da Unimar Music e chega nas lojas no formato cd no inicio de 2011, com capa assinada pelo artista gráfico Koostella e ilustração de Eloar Guazzelli no encarte. 

Faixa a faixa:
1- As Coisa Mudam, composta por Wander, introduz a caminhada, inspirada no filme O Pequeno Grande Homem, com Dustin Hoffman.
2- Dani, versão para um dos clássicos do primeiro disco de Jimi Joe.
3- Boas Noticias, do musico catarinense Gustavo Kaly, autor de Um Bom Motivo, gravada por Wander no disco anterior.
4- A Palo Seco, de Belchior, clássica canção dos anos 70.
5- A Razão do Meu Viver, romântica até os ossos, foi um presente de autoria de Sergio Luffing.
6- Puertas y Puertos, parceria com o musico uruguaio Santiago Guidotti, da banda Sonido Top.
7- Amor e Morte, uma nova roupagem para esse classico do gaucho Julio Reny.
8- Viajei de Trem, de Sergio Sampaio, outra pérola dos anos 70.
9- Pra Ti Juana, de Marcelo Guimarães, musico gaucho da banda Robo Gigante, uma festa de fronteira produzida por Flu.
10- Clo, de Toninho e Diniz, gravada nos anos 70 pelos Almondegas, grupo folk portoalegrense.
11- Calles de Buenos Aires, um tango punk abolerado, parceria com Arthur de Faria e Jimi Joe.

                                              

O PUNKBREGA

Verbete obrigatório da enciclopédia virtual do rock brasileiro desde que era cantor da banda Os Replicantes nos anos 80, Wander Wildner estreiou sua carreira solo em 1996, com um disco produzido por Tom Capone, o delicioso “Baladas Sangrentas”, nascendo ali o punkbrega, estilo em que mistura as influencias da jovem guarda com o punkrock, e onde canta algumas musicas em “español selvagem”.
Depois vieram “Buenos Dias!” (1999) e “Eu Sou Feio…mas Sou Bonito” (2001) produzidos por Wander, e “Paraquedas do Coração” (2004) novamente sob a batuta de Tom Capone. Em 2005 Wander participou da gravação do programa/cd/dvd “Acustico MTV Bandas Gauchas” e lançou o cd coletânea “10 Anos Bebendo Vinho”.

Wander é do tipo que se expõe em tudo o que faz, que se define em cada verso. Ou, para facilitar ainda mais as coisas, em cada título. Pode-se dizer que ele é um garoto solitário, meio-hippie-meio-punk-meio-rajneesh, cuja vida oscila entre anjos & demônios, mas que ainda acredita em milagres. É do tipo que segue no ritmo da vida, e nada pode descrever com tanta exatidão este roqueiro que gosta de transformar os conflitos em canções simples, feito um legítimo punk. 

Seu quinto álbum solo, o cd “La Cancion Inesperada” (2008), foi produzido pela dupla mais do que dinâmica Berna Ceppas e Kassin, tambem produtores de discos de Caetano Veloso, Jorge Mautner e Los Hermanos, entre outros. Nele Wander concede riffs de guitarra ao que se convencionou chamar de brega há um bom tempo, mas nunca tinha gravado um álbum tão complexo em sua simplicidade, tão fechado no conceito do artista que navega entre a ingenuidade e a profundidade no mesmo verso.

No final de 2009 Wander lançou o dvd “Aventuras de um Punkbrega” que reune vários videoclipes e alguns shows antológicos que mostram por onde andou desde que iniciou sua carreira solo.

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