sábado, 26 de janeiro de 2013

Foi bonita a 7ª edição! E que venha a próxima!

Sábado de manhã, muito sol, um lugar bonito e o prenúncio de que o final de semana (dias 19 e 20) seria de muitas energias boas, de conversas, de trocas, de música, de coloridos e de sons: o som do FestMalta 2013!

Bem aos poucos, excursões e carros iam chegando ao Parque da Fejão, lugar utilizado pela comunidade de Sobradinho para festas importantes, passeios e todo tipo de festejos e encontros. Logo na chegada, já era possível visualizar o palco coberto, a praça de alimentação e a copa, instalados bem próximos um do outro para facilitar a vida do público e aproximar as pessoas.


A área de camping, que também ficava bem perto do palco, foi ficando colorida com a montagem das barracas de diversos tamanhos e cores. Todo mundo querendo montar seu acampamento embaixo de alguma árvore, buscando a sombra. E sombra não faltava mesmo. O Parque ofereceu ao público uma boa infra-estrutura para camping, inclusive com banheiros próximo ao local.


No sábado ao meio dia a cozinha já estava a mil preparando o almoço do dia: carreteiro. Simples, mas feito com toda dedicação pela equipe da copa e da cozinha, que trampou muito durante o Festival para servir os almoços, jantas, pastéis, cachorros-quentes, batatas fritas e sanduíches. A movimentação sempre era grande na praça de alimentação que também era local de encontro, conversas, danças e celebração da música.


O sábado foi de maratona de shows. Muita, mas muita disposição (que aqui pode ser qualquer substância ou sentimento mesmo)  foi necessária para acompanhar todas as apresentações que começaram à tarde e se estenderam madrugada adentro.


Lá pelas 15h30, a primeira banda do dia subiu ao palco: a Brisocks, de Santa Maria, abriu os trabalhos do FestMalta com rock'n'roll de peso! Um som poderosa vinha das caixas e muito gelo seco pra fazer o clima!! Nessa hora, o povo ainda chegava ao Parque e quem já estava lá era despertado a deixar suas barracas para conferir o som ao vivo. Depois foi a vez de Os Guaipecas, de Santo Ângelo, mostrarem o seu rock/blues; rolou até um cover bem legal do Pink Floyd. Os Pilhas, de Butiá, vieram na sequência e declararam: "é muito bom estar aqui  fazendo parte deste movimento da música independente". Bardo e Fada, de Santo Ângelo e agora do Brasil também, levaram ao público, além do som, o estilo irreverente que vem do visual e das letras compostas pela banda, que falam das relações livres, do sexo e do poliamor. "Chifres são coisas que botam na sua cabeça", cantam eles provocativamente. A Ventores, vinda de Santa Maria, subiu no palco animada e o vocalista Fábio, durante o show, revelou que a banda começou em Sobradinho e participou de todas as edições do Festival.
A Vulgo Coyote, de Sobradinho, trouxe a noite para o FestMalta! Logo depois veio a Superfusa, banda anfitriã do Festival, que, além de trabalhar durante o evento, tocou com muita energia e alegria os sons do recente CD.


Quebrando um pouco com a sequência puro rock do Festival, a Saturno de José, de Esteio, fez levantar aqueles que ainda estavam sentados com seu som brasileiro, misturando ritmos e cantando a alegria! Depois vieram Mar de Marte, de Erechim, com rock instrumental, e Dr Hank, de Porto Alegre. Já era alta madrugada quando as também porto-alegrenses Tapete Persa se Rocartê se apresentaram. Na sequência, Yesomar trouxe peso roqueiro à noite e aos que ainda resistiam em dormir diante do horário avançado e do friozinho que fez na madrugada.  Minha Irmã de Portugal foi a última banda guerreira do primeiro dia do FestMalta. "Vamos acordar!!!!!", gritou um dos integrantes da banda à platéia já meio sonolenta. Muita gente ouviu os últimos shows do conforto de suas barracas.


A manhã de domingo foi para descansar e curtir o sol e a temperatura agradável. Aos poucos, todos se dirigiam para a praça da alimentação e proximidades do palco. O DJ Serginho Vieira fez um especial reggae  enquanto o pessoal aguardava a entrada no palco da primeira banda do dia, a Cuscobayo, de Caxias do Sul, que mostrou o som autoral indie-folk-platino para o público do FestMalta.  Porto Alegre dominou as horas seguintes do palco com a Guff, Mari Martinez & The Soulmates e Santiago Neto e Los Misionerotrônicos presenteando o público com rock, blues, soul, chamamé e loops eletrônico.
Fecharam o domingo, de forma bem roqueira, como tem que ser, a Cinzeiro e Vinho Tinto, de Cachoeira do Sul, e a Bleff, de São Leopoldo.


A Banquinha do FestMalta, além de local de comercialização de produtos, foi ponto de encontro durante o evento. Roupas, acessórios femininos, camisetas e CDs de bandas independentes, inclusive as que estavam tocando no Festival, atraíram e proporcionaram ao público o retorno pra casa com alguma lembrança física do Festival.


Clima de tranquilidade e harmonia, contato com a natureza, música, cerveja, encontros, pessoas para olhar e conversar, deitar na grama, ficar na barraca, curtir a música, as bandas, dançar, cantar, observar, fazer roda de música, descansar...


O FestMalta 2013 foi local pra tudo isso e o que mais se quisesse inventar ou fazer. O FestMalta 2013 foi local de celebração da música autoral, dos mais diversos estilos, foi movimento para fortalecer a música independente. O FestMalta 2013 consolidou a importância dos festivais em cidades do interior do Estado. O FestMalta 2013 mostrou que é possível realizar um evento, com poucos recursos, mas com muita gente parceira e disposta a fazer as coisas acontecerem. Mas o FestMalta quer mais: e já está indo atrás da máquina para fazer uma edição ainda melhor!
Vida longa à arte, vida longa ao FestMalta!




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