O FestMalta também oportunizou conversas e troca de ideias sobre formas de fortalecer ainda mais os festivais de música independentes realizados no Rio Grande do Sul. No sábado à tarde, artistas, músicos, agentes culturais, representantes de órgãos estaduais e produtores de outros festivais reuniram-se sob o lonão para conversar sobre como os festivais de música podem ser organizar e se planejar a fim de obterem apoio e recursos governamentais e públicos.
Santiago Neto, do Instituto Estadual de Música (IEM), explicou sobre a Plataforma RS de música, iniciativa que visa mapear e fortalecer os festivais independentes. Destacou que o IEM pode prestar consultoria e orientação aos produtores e agentes no que se refere à planejamento de gestão, inscrição em editais e demais trâmites que envolvem a realização de um projeto. Além disso, Santiago destacou que a chancela do Instituto é importante para os festivais chegarem com força na hora de concorrer por recursos na Secretaria de Cultura e no Comitê de Patrocínio do governo. “Dessa forma, vamos conseguir democratizar as plataformas de financiamento. Se não houver um mínimo de organização entre nós, vamos perder”, ressaltou Neto.
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Paulo Zé, Santiago Neto, Lucas Hanke, Cezar Renan e Renato Velho. |
Cezar Renan, professor da disciplina de Sociologia do Rock da Unipampa e um dos organizadores do Pampa Stock, fez um relato do processo de produção do Festival, que está em sua segunda edição e é realizado pela Universidade Federal do Pampa, campus São Borja, e parceiros locais. Renan demonstrou interesse em manter contato e integrar esta rede de festivais independentes. Da mesma forma, Paulo Noronha, guitarrista da banda Rinoceronte (Santa Maria) enfatizou a importância dos festivais se organizarem.
E por falar em integração e rede, Renato Velho explicou o funcionamento da Confraria Rock, uma rede social de Porto Alegre, que reúne perfis de artistas, bandas e pessoas ligadas à música.
Paulo Zé, músico da bandinha Di Da Dó, falou da importância de realizar encontros e debates como este em outros festivais do Estado como o Morrostock. “Precisamos fortalecer estes festivais independentes”, destacou. Um dos encaminhamentos do encontro foi a criação de uma lista de e-mails das pessoas presentes ao encontro para garantir a continuidade dos debates.
Texto: Silvana Dalmaso
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