terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Veteranos e novatos do rock no Palco do Sol


Sábado foi mais um dia de maratona musical no FestMalta. O acampamento já contava com mais barracas e mais músicos já circulavam pela Fazenda Goelzer. Catavento de Bolso (Esteio) e Ventores (Santa Maria) foram as duas primeiras bandas a se apresentarem no Palco do Sol. Em seguida, a pelotense Canastra Suja se apresentou com a nova configuração, sem baterista, e mostrou ao público canções ainda não lançadas que devem fazer parte do próximo CD da banda, que está em fase de finalização.

Canastra Suja.
Na sequencia dos shows, a Trupe Sonora Casa de Orates, que enfrentou 14 horas de viagem de Itajaí/SC a Passa Sete, conquistou a simpatia do público com o estilo Art-Rock que mistura elementos do rock’n’roll, rock progressivo, jazz e ritmos brasileiros e latinos. “Estes espaços, como o FestMalta, que proporcionam às bandas apresentarem materiais próprios, são raros e devem ser fortalecidos para que se multipliquem”, destacou o baixista da banda, Darlan Haussen Martins Jr. É  a segunda vez que a banda participa do Festival.

Casa de Orates.
A banda anfitriã e parte da equipe de produção do FestMalta, a Superfusa (Sobradinho), fez um show cheio de energia, deixando o clima propício para a porto-alegrense Identidade empolgar o público com o rock clássico e direto misturado a uma forte pegada contemporânea. Para o Palco, a Identidade levou a maturidade de dez anos de banda e três CDs lançados mais a performance dançante do vocalista Evandro Bitt.

Superfusa.
Identidade.
E por falar em maturidade, os gaúchos da Acústicos & Valvulados fizeram o que todos esperavam de uma banda com 20 anos de estrada: cantaram, junto com o público, os sucessos “Fim de Tarde com Você”, “Até a Hora de Parar”, “Quintal” e “A Milésima Canção de Amor”. É claro que também não faltaram as músicas do novo CD “Grande Presença”, disponível para download no blog da banda. No final do show, a banda chamou os músicos da Identidade para uma participação eletrizante no Palco do Sol.

Ao fundo, Acústicos e Valvulados.

Depois do show, em entrevista à cobertura colaborativa do Festival, o vocalista da Acústicos, Rafael Malenotti, destacou que a banda está feliz em fazer parte da história do FestMalta. “A produção está de parabéns. Existem alguns festivais do país que fazem questão de manter este tipo de estrutura e postura e isso é muito legal”.
Já era alta madrugada quando a Humanish (Curitiba/PR), que fez tour pela região sul no ano passado, subiu ao palco e mostrou o som setentista misturado ao moderno que caracteriza a banda. A também catarinense Fevereiro da Silva (Joinville) apresentou-se no palco perto das cinco horas da manhã e tocou as canções do primeiro CD “Posso ser o Autor?”, que, pelo nome, propõe um questionamento ao que é original na música popular brasileira. O belo amanhacer de domingo, em Passa Sete, foi o cenário de apresentação da Galgos, banda porto-alegrense de hardcore, formada em 2010. A energia roqueira dos gaúchos foi mostrada para os poucos corajosos que ainda assistiam aos shows, mas deve ter acordado quem tentava dormir no FestMalta, se resguardando para as atrações de domingo.
Texto: Silvana Dalmaso

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